quarta-feira, 25 de julho de 2012

Mais além da luz da vida




está o pacífico silêncio do vazio
deixe descansar tua intelectualidade
toda realidade está dentro de ti e se funde


tua mente não tendo lugar para relaxar
és como a pluma lançada pelo vento
incessante no desespero de teu ego
por pensartes em causas egoístas


que vantagem há em apegar-se ou ter medo
são elas alucinações de tua mente
ao redor desta confusa existência
veja a unidade de todos os seres.





domingo, 8 de julho de 2012

Obtenhas a luz da paz interior




adquires a alegria em si
conhecendo os métodos sutis
adquires assim grande mérito


domines os maus desejos
demonstre seu amor pelos outros
com vacuidade e quietude de pensamento
suprimes a ambição e renuncia ao egoísmo


do que praticamos agora
depende nosso futuro
como a sombra que segue o corpo
assim o karma nos segue.

Se deve agir de modo



que não envergonhe de seus atos
pois por mais que se esforce
não poderá alterar o decreto do tempo


o reto-agir, o reto-andar
corpo, mente e fala
transmutados na verdade
o caminho é o dharma sagrado


o mau karma é neutralizado
ao seguir no modo da bondade
eis que os 5 venenos são vencidos
não se aprende a ter fê.

domingo, 24 de junho de 2012

Que na singularidade de propósito




eu encontre a auto-satisfação
no conhecimento de minha própria mente
não excitando-a, mas deixando-a em paz


exercitando o intelecto na sabedoria
da natureza impermanente de todas as coisas
e na busca da verdade transcedental
que não brota sem sementes


contemplando o que traz benefício
nos sagrados ensinamentos do caminho místico
e ao observar e crer na imutável lei do karma
a compreensão possa fluir por seus canais naturais.

sábado, 23 de junho de 2012

Meditai




sobre teus atos
e em teu coração
guardas os sábios preceitos


o desejo em excesso
geras confusão na mente
lebrates do grande símbolo
das letras mantrícas, Om, Ah, Hum


veja a natureza ilusória
de todas as coisas existentes
renuncia a todas as ambições desta vida
és a oportunidade de aperfeiçoar sua condição.

domingo, 27 de maio de 2012

Dos males da alma





temor e desejo
remetem em ecos
os dogmas dissonantes


a natureza não pode
infringir suas leis
sem quebrar ela mesma
a cadeia de harmonia universal


os que evoluem seus tipos
elevam-se sempre à perfeitos
os outros se fundem e suas matérias
voltam a massa comum.

terça-feira, 27 de março de 2012

Sâo vôos tão belos

destas andorinhas
que logo bem cedo
insistem em ensaiar

são cheios de encanto
os brilhos na noite
que surgem das águas
refletindo o luar

dizem que a natureza ao impedir
que recaiam aqueles que ela eleva
fecha sob estes as portas
que lhes faz transpor.

As marés enchem e esvaziam-se




num fluxo e refluxo
com leis de uniformidade e analogia
em compassos dual periódicos

será que isso se aplica
apenas as marés?
creio que não
meu caro pescador

muitos se propuseram
a transmitir
e simbolizar
o que sempre existiu.

segunda-feira, 5 de março de 2012

O gesto suave



como a brisa
um sorriso natural
de simplicidade matutina

a cortina dançava
sem grande movimento
nos leves sopros úmidos
um sol tímido entre nuvens

de fato não chovia
nem era negro o céu
era um dia em meio a noite
acordados pelo olhar.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Absorvido estou



pelo beco do céu
abaixo do sol
me desvio do mal

quando fecho meus olhos
o movente
e o não movente
se tornam um

pela essência da prática
do caminho sublime
e na meditação analítica
do eremita.


sábado, 25 de fevereiro de 2012

No horizonte desvelado

me vi só
como um adulto
deve ser

constelações brilhavam
o luar apareceu
alvoroçado pelo encanto
após o instante cochilei

devias ter visto o espanto
das ondas do mar
que nas pedras batiam
com a mente em paz descansei.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Ao descobrir



o que era melhor para si
o homem
parou de falar

ao escutar palavras alheias
o grande maquinário cerebral
fazia giros leves e suaves
sem sobressaltos de indignação

isso poderia ter sido usado
em outros tempos
mas só agora
aquilo lhe era possível.



O deslizar do dia



se esvaía
no semblante do mar
adormecido em azul


as cores
cintilantes do céu
em tons mudavam
com o tempo


ele agora não pensava
não recordava
sua imagem era
de imersa admiração.



Deixe-me escapar



as vezes
do afago
da alma

que canta
em horas despertas
são acalentos
são chamas pulsantes

guardado e selado
nas suas marcas
de outrora
e em flores de primavera.


sábado, 14 de janeiro de 2012

No fechar dos olhos

um espaço se abriu
uma imensidão de nada
a luz clara de um amanhecer

por que parece-me
tão difícil
viver aquilo que
brota do meu ser?

será necessário
ter calma desta vez
como um pássaro
que constroe seu lar.

Jetsun Mila-Zhadpa- Dorje