terça-feira, 23 de agosto de 2011

O sábio

nega o transitório
a dor e sofrimento
na busca do samadhi

quando se encontra
um sentido
para vida
não há volta

largo então
minhas alpercatas
nas areias dos desejos
e me lanço no mar do desapego.

Para onde fujo

mas adiante lhe encontro
manas, budhi e atma
num mantra profundo

sua voz serena
enche de alegria
os peregrinos da razão
rumo às estrelas

quando as asas
romperem ao som
por seu giro circular
no silêncio, o Brahman.

Aquele que senta

externo ao cosmo
medita calado
no prazo dos tempos

quieto observa
em humilde renúncia
daquilo que fez
para ter o que quer

vigilante estamos
no escuro do universo
entre pequenas luzes
a iluminar.

Jetsun Mila-Zhadpa- Dorje