segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

No caminho do meio


o descanso para o ser
o não desejar
é viver


a liberação da mente
ao enchergar sua nudez
ao sobrepujar limites
o esvaziar e as tensões


sendo uma parte do todo
seriamos todos um
Om! mani padme Hum!
Om! tat sat Om!

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Este ego

afasta as sombras
a individuação
do não individual


a totalidade do ser
pelo éter transcendente
em registro akáshico
ao mostrar energia e polaridades


o som do cosmo
então vibraria em ondas
como mandalas a receber
maturidade.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Ao redor da barreira

incosciente, consciente
estão bibliotecas distintas
há vigília e sono profundo

quando o ego adormesce
self busca o que procura
e depois lhe repassa
simbolos, respostas, verdades

a grande porta
se abre às vezes
na medida do vazio
para uma porta maior.

sábado, 3 de dezembro de 2011

As frequências

percorrem em suas faixas
sem que assim percebamos
os receptores logo nos avisam

são cores, sons e palavras
são mensagens que chegam
e pelos ouvidos percebemos
que algo já passou por nós

quantas coisas nos rodeiam
o etério e a aura
quantas coisas atravessam
os nossos sentidos e não vemos.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Tal como os sentidos

tocam os nervos
e assim chegam ao cérebro
até que o percebamos

sinto que algo procede
opostamente e superior
daquele dotado de mente
para codificar e criar o dna

assim como a estátua de pedra
se difere da pedra bruta
noto diferenças distintas nelas
e sei que não é mero acaso o existir.

domingo, 16 de outubro de 2011

Gostaria de viver

em um eremitério
mas não posso
não posso querer

vivo assim
em meio a sociedade
uma bela prova
uma prova justa

utilizar-se das novas experiências
para um crescimento espiritual
e ver que as respostas
estão dentro e não fora.

sábado, 15 de outubro de 2011

Aquele que fala a verdade

não necessita planejar explicações
a calma é companheira de trabalho
da mente bem-equilibrada

assim como a água
suave é o yogi
que és forte por ser fraco
sendo a inofensibilidde sua arma

o silêncio é seu escudo
o entusiasmo e a energia
são as bases do seu veículo
acomodado nele, ele parte.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

A vida é breve

e a hora da morte é incerta
tal como o sol que emrge num clarão
entre as nuvens, assim é o dharma

aplicar-se em meditação
com calma, cautela, paciência e renúncia
evitar fazer o mal para não se envergonhar
encontrando satisfação nas coisas simples

pois controlar a própria mente
é como diciplinar um cavalo selvagem
assim se alcança a ciência da verdade
que não nasce e nem morre.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Quando vejo que desvio

retorno ao caminho
em progressão não me perco
enxergo suas margens

saber, ver e retornar
seguir em frente
elevar a conciência
não é meta, é um dever

satisfatório que sacia
a mente descarta pensares
o vazio em essência
o prajna.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Somos o fruto do nosso pensar

e aquele que escolhe o isolamento sem lar
que agora nada tem a chamar de seu
vem buscando vencer a si mesmo

em um caminho de difícil compreensão
encontra a cessação de todo sofrimento
purificando a alma das preocupações materiais
escolhendo a bondade, dispensando o prazer e a inércia

quer afastar-se de todo e qualquer apego, e paixões
não quer intrigas e disputas da vida
quer um dia ouvir a voz divína dizer:
"este não nascerá outra vez".

sábado, 17 de setembro de 2011

No ajña

me encontro
criador e criação
sudarsha de vishnu

silêncio do microcosmo
por seu centro de controle
superando a esfera astral
com energia vital prana

mas, eis que retorno a andar
sigo então com o karmayoga
aliar conhecimento e ação
equilibrando-se no intelecto.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Belo é ser como a lótus

que da lama não molha
que do sujo se limpa
e no escuro se acende

tú me dás aashraya
viveka e gnose metafísica
és o pai da caridade e da renúncia
és o caminho que sigo a contemplar

belo também é deixar
a inconsistência deste mundo
para poder conhecer-te
em sua Goloka Vrndavana.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A real natureza de maya

aparece ao vencer adhyasa
brahman jnana
ouço a flauta guru

afastando corpo e mente
dominadas pelo ser
assistido pelo intuição
vencendo as dualidades

eis que tudo se irradia
indo além do pensamento
numa jornada interior
à mente superconciênte.

sábado, 3 de setembro de 2011

Se me deixasse levar

por desvaneios de vaidade
me despedaçaria em milhões
de unidades do querer

não teria adquirido a força
de espantar os negativos fecundos
impulsos pensamentos de inveja
e aqueles negros olhares de cobiça

Teria em minhas moléculas
uma metade maltratada de tristeza
e na outra
a vontade imensa de ser notado.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O sábio

nega o transitório
a dor e sofrimento
na busca do samadhi

quando se encontra
um sentido
para vida
não há volta

largo então
minhas alpercatas
nas areias dos desejos
e me lanço no mar do desapego.

Para onde fujo

mas adiante lhe encontro
manas, budhi e atma
num mantra profundo

sua voz serena
enche de alegria
os peregrinos da razão
rumo às estrelas

quando as asas
romperem ao som
por seu giro circular
no silêncio, o Brahman.

Aquele que senta

externo ao cosmo
medita calado
no prazo dos tempos

quieto observa
em humilde renúncia
daquilo que fez
para ter o que quer

vigilante estamos
no escuro do universo
entre pequenas luzes
a iluminar.

Jetsun Mila-Zhadpa- Dorje